Valores são valores...
VALORES
SÃO VALORES,
AQUI OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR
AQUI OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR
"Não seja inóspito a
estranhos,
pois eles podem ser anjos
disfarçados."
disfarçados."
(George Whitman)
Em tempos de valores que se
perdem na cauda das maquinações inexplicáveis, dos medos vivenciados ao pé da
violência gratuita, os exemplos de honradez e solidariedade sinalizam a fé e a
esperança que precisam, sob qualquer circunstância, ser mantidas no cadinho de
nossa alma.
É fácil perdermos a motivação diante de
agruras e imprevistos. Dizem os sábios que por testes de resistência todos
passamos, ou não. Podemos ficar a remoer dificuldades e a chorar perdas sem
levantar os olhos para além do próprio umbigo: é uma escolha!
A insensatez, a dureza de alma, o
caráter difuso, os hábitos cristalizados entre outros elementos
DESUMANIZADORES, facilitam a descrença leviana no ser humano. Generalizar não é
inteligente, é uma forma de justificar sem razão, a exemplo: "é o fim dos
tempos", "o ser humano está perdido", "todos os homens são
iguais", "mulheres falam demais". Não é inteligente, mas nós o
fazemos, sem dó nem piedade. Talvez, talvez, estejamos a esconder pedidos de
socorro atrás de tantas falas sem sentido. Talvez!
Ainda assim, existem aqueles que
conseguem romper a barreira do comum e serem inteiros, honestos, solidários,
prontos, sensíveis, amorosos, verdadeiros. E diante de um ser humano assim, há
de se aprender a manter a fé e a esperança, há de se aprender a ser melhor. Há
se se aprender a louvar atitudes que salvam, que constroem, que comungam, que
partilham o que levam nos braços, na mente, no coração.
Deve-se reconhecer e demonstrar
gratidão por aqueles que são a própria essência da bondade. Urge aprendermos com eles a respirar mais
fundo, a rir pelo simples prazer de sentir a alma leve, a aceitar o que não tem
solução aparente, a ficar em pé em meio às dores que podem deixar qualquer um
sem chão.
Podemos passar pela vida reclamando
do que não conseguimos, ou deixando de fazer o que viemos fazer, ou simplesmente,
negando expressar o que nos vai n'alma
_ até 2016, n'alma, permanece pendurada
na corda sem lona do Novo Acordo Ortográfico. Novo Acordo? Não sei quem "acordou" o quê com quem, mas
certamente a novidade se faz velha há muito e muito tempo.
Expressar ou deixar de fazê-lo é
sempre uma escolha, por mais que seja uma escolha emaranhada nas armadilhas
conceituais que criamos ou aceitamos prontas.
Valores são valores em qualquer
lugar, mas somos nós a fazer com que eles se manifestem ou deixem de existir.
Valores simples, como a palavra sem julgamento, a honestidade nas relações que
estabelecemos ao dizer BOM DIA!, a tranquilidade com que podemos olhar para os
outros sem apontar os defeitos (os mesmos que, possivelmente, estão primeiro em
nós...), a honestidade ecológica do olhar que não oprime nem massacra, o dizer
de alguém apenas para dizer "BEM" o BEM que o outro tem! Penso que
esse é um exercício que não deveria custar caro. É fácil, simples e
"barato" (no sentido de econômico) ser feliz! Somos nós que
encarecemos o custo da felicidade acreditando que ela está onde não podemos
alcançá-la. Trazer a felicidade para perto, exatamente para o lugar no qual
estamos deixando que os valores da vida se manifestem sem medo é um exercício
passível de aprendizado. Temos tudo de que precisamos no exato momento de nossa
necessidade. Sim, acredito nessa premissa quase que absurda, pois afinal, o
planeta Terra continua nos "eixos" independentemente de nossa
vontade.
As palavras não têm o poder
de dizer tudo, mas elas têm força. Acostumamo-nos a empregá-las sem observar o
peso, o efeito, o poder que têm ao serem proferidas. Ah! Se pudéssemos recolher
todas as "más palavras" que
soltamos a esmo! Ah! Se pudéssemos estar conscientes do que dizemos antes de
dizer.
Acredito que algumas pessoas têm
essa capacidade de dizer e dizer BEM até quando o "dito" ecoa em
profundo silêncio. Não precisamos
vociferar para nos fazermos ouvir. Não precisamos gritar para fazer com que
nossas verdades sejam aceitas, não precisamos humilhar os outros para mostrar a
nossa força.
Sinto gratidão por vivenciar silenciosamente
uma escolha: para ser forte, há de se
fazer sensível ao mundo que nos rodeia. Que assim seja!
Comentários
Postar um comentário