NA HORA CERTA
AMOR
À VIDA
- a simplicidade esquecida -
" A poesia abre os olhos,cala a boca e
estremece a alma..."
Charles Bukowski
Na hora
certa, manhã descoberta, as flores voltam a face em direção ao sol, como espirais ausentes,
almas carentes, formas candentes em lícito favor.
Na hora certa, a trama urdida alcança a
guarida,
entretecida de luz e calor:
homens e fatos devolvem à
calma o falso retrato da súplice dor.
Junto às estradas, calçadas
rompidas,
pedras puídas,
armas postadas
em nu corredor:
feito
cancela,
o caminho aparta,
em longa
jornada
o vértice amargo,
sem o resguardo do plácido amor.
Arestas abertas maquinam o fardo,
longo petardo,
cardam a lã,
amarram o linho,
taça sem
vinho,
mãos em espinhos
odorante pendor.
Na hora certa, a face desperta,
grita contrita,
para todas as flores,
tenras cores:
... beijem o sol!
Na hora certa
...
agora incerta!
"...
e que as palavras difíceis que
sempre temi dizer
podem
agora ser ditas: eu te amo."
Charles Bukowski
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