SERIA UM SOLUÇO... AO MÉDICO DAS ALMAS
ESTA
NÃO É UMA POESIA...
SERIA
UM SOLUÇO SE O CHORO SE PERMITISSE ESCREVER.
NÃO
HÁ LUGAR PARA AS PALAVRAS NO AFETO E NA
DOR!
AO
AMIGO, MÉDICO DAS ALMAS, QUE DECIDIU PARTIR SEM RECEITA NEM DIREÇÃO...
PELA
DOR SENTIDA E NÃO REPARTIDA ANTES
QUE SE CALASSE O ABRAÇO, ANTES QUE
O GRITO PERGUNTASSE O DIA DO SIM...FIM?
QUE
NÃO SE JULGUE A DOR POR TRÁS DO MANTO E NEM SE DIGA SEM DOR A DOR QUE SEGURA O
PRANTO!
LÁGRIMAS
CORREM À BEIRA DO RIO...
QUE
A PAZ, NA FORMA QUE SE PUDER MOSTRAR, MOLHE A ALMA DOS QUE FICARAM PARA
ENTENDER, OU APENAS, TÃO SOMENTE APENAS: ACEITAR!
AO
SEMPRE MÉDICO DAS ALMAS... ONDE QUER QUE TENHA APORTADO A SUA!
FLORES
SÓBRIAS
Sem
alívio
veio
a noite
em
todas as noites
na
mesma soleira...
flores
soberbas
marcam
a ponte
deserta
fonte
vaga
canseira...
aos
pés da morte
plana
a sorte
tranca
de bote
...quaresmeira!
A
noite não bate
falange
de escape
afugenta
a morte
no
abraço de um forte
geme
o grito
pedido
de corte...
flores
na estrada
sóbrias
feridas
sobem
a escada
...sem
corrimão!
Cala-se
a alma
rente
ao salto
suspiro...
roto
asfalto
cadafalso
tardio!
Ausente
alívio
pedaços
soltos
lágrimas
lentas
molham
o chão!
Ivane Laurete Perotti