INOVAR...

EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO: A RIMA DA PERFÍDIA NACIONAL
                                                   “... mais educação para melhorar a
                                                   produtividade (...)”
                                                    Ángel Gurría

                     A linearidade escalar de um discurso que dá voltas sobre a própria cauda põe à mostra as gengivas de um dragão amortecido: educar para salvar a pátria! Que pátria? A que aparece nas estatísticas deflagrando a real motivação de dois vetores nulos: escola e educação? Produto de seus comprimentos e do cosseno de seu ângulo... isso é matemática! Sim! A mesma matemática que se ensina para repetir e não saber aplicar em contexto de vida. Afinal, provas provam o quanto desaprendemos ao adentrar o território escolar, e não dá para esconder o resultado que está aí.
                     Certo! Sem exageros e desesperos à parte, o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, em recente entrevista à Miriam Leitão, na GLOBONEWS, enfatizou que o Brasil já melhorou! Já! De nós para nós sabemos o quanto. À revelia da boa vontade do secretário em amenizar a leitura sobre as estatísticas dos últimos PISAs (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), as medidas da qualidade de ensino deixam o Brasil em contínua rabeira – sem conotações sexuais. Pena! Uma vez que somos tão criativos no tocante ao uso da carne e do silicone.
                     Pois... a culpa eterna desaba sobre os professores. Com as costas largas, feito almas penadas cheias de aulas, reivindicações e nenhum incentivo _ ai!!!_ cobra-se desses profissionais a capacidade de influir e efetivar um trabalho que o sistema direciona e controla. A ingenuidade dói e corrói. A Finlândia que o diga! Há quatro anos seguidos ocupando o primeiro lugar no mundo em qualidade educacional, não gasta nem se desgasta com exames megalomaníacos iguais aos que reinam no Brasil; não investe em pedagogismos nem clientelismos, menos ainda em métodos alvissareiros ou tecnologias de ponta. O investimento do governo finlandês é simples: valoriza o professor e permite que o mesmo CRIE e INOVE no trabalho que faz.
                  Ai!Ai!Ai! Que perigo perigoso! Professores bem formados, estimulados, livres e ganhando bem? É o apocalipse desenhando-se nas barbas dos dominadores.  
             Fábula da vida moderna, a Finlândia tem provado para o mundo onde pesa e quanto pesa o papel que segura o pulo. Mas, não apenas este país do norte da Europa descobriu como salvar a pátria. Outros vêm fazendo o mesmo, e a fórmula reverbera fermentando novos projetos, novas pesquisas, novos investimentos: E-C-O-N-O-M-I-A! A tão famigerada ciência do controle sobre a troca: alguém oferece o que você precisa e você compra se pode pagar, ou pegar! MIA! MIA! MIA! Este texto também rima com... deixamos para lá! Afinal, rimas e versos não podem ser ensinados a não ser em análises sem sentido! E o sentido resguarda-se na vida que parece correr para longe do medo que se tem de perder o controle. Quem tem medo?

                  Educação e inovação: duas retas que podem chegar a um ponto maior. Melhor? Sem dúvida! E sem ENEM, ENADE... é uma questão de VONTADE política! Não há provas que deem conta! 

Comentários

Postagens mais visitadas