UM PROJETO A VÁRIAS MÃES (ÃOS)

 MÃES NÃO MORDEM...  ATACAM?
               
                                                                                                                                
            Um manual de sobrevivência          


Projeto de Pesquisa: arrolamento de experiências


Objetivo: compilar casos que motivem a escrituração de um manual de sobrevivência para mães e professores com caráter provocativo, alicerçado no mais produtivo bom humor.


Proponente: Mãe-professora, professora-mãe sobrevivente Ivane Laurete Perotti

         A convivência com os dois lados da escola, se é que existem dois _ em minha opinião (que não interessa a não ser a mim mesma) são incontáveis os lados, as quinas, as linhas, os círculos, os ângulos, as projeções _ deixou-me uma impressão nada subjetiva acerca dos elementos que permeiam o universo escolar e as famílias envolvidas nessa constituição.
          Aqui, com toda a ironia que os termos marcados a seguir podem abarcar, as “famigeradas mães” constituem-se no alvo deste trabalho, exatamente por também serem o alvo das contrações labiais, uterinas, neurológicas e discursivas da maioria dos professores em atividade e senão dos que guardam na memória da aposentadoria agruras indizíveis sempre ligadas às vorazes mães.
          Mãe de aluno é palavra proibida desde sempre. Se sempre é muito tempo, ousarei delimitar uma linha fina e marcadamente preocupada em ser fiel ao humor irônico (na linha Bergsoniana, mas sem qualquer pretensão à correção social) para o "sempre" mais atual. Se mãe é uma palavra proibida no arsenal escolar _ independente das boas intenções que existem por aí de agendar como sujeitos os pares familiares envolvidos no processo dito educativo (e sabemos todos da importância de se ter importância para alguém dentro de uma estrutura de relações saudáveis, cuidadoras, responsáveis, envolvidas, quiçá amorosas, independentemente de quem faz parte da família ou de com quantos a família se faz.) _ entender os dois lados é uma das intenções deste trabalho que se pretende escrever a muitas mãos e mães (não segurei o trocadilho). Sem interesse em denunciar, em nominar, ou criticar, julgar ou levantar bandeiras, a proposta é elaborar um manual de sobrevivência para os professores e para as próprias mães permeado pelo “humore” que a ideia sugere. O arrolamento de experiências pretende envolver mães e professores, independente de nomes, datas, locais, escola, posição social. Em se traçando um perfil das relações ouvindo os “dois lados”, acredita-se ser possível rir da receita que não existe. Se você é mãe, se é mãe que é pai, ou pai que é mãe, se é mãe sendo pai ou se ocupa esse lugar independente do sexo, religião, cor, idade ou desgosto diante deste texto, se você é professor e ainda é tudo isso ou não teve tempo para ser, escreva-me sem qualquer identificação. Apenas identifique sua função enquanto mãe ou professor (ou ainda se pertence aos dois lados) e relate sua experiência. Receberei seu relato no endereço eletrônico: maesnaomordem@yahoo.com.br
         O momento parece oportuno: férias escolares. Férias escolares? Quem disse que as escolas deveriam fechar por tanto tempo? O que fazer com as crianças em tantas horas de folga? Férias!
         Ainda, estão de volta as discussões sobre a participação da família na escola e no IN-vejável papel sem dono (ou, pelo menos, sem remuneração...) dos pais envolvidos nas tarefas para casa! Quem ensina o quê para quem? O movimento em torno do melhor a ser feito pelos nossos "filhotes" em período escolar (existe um período fora da escola?) move cabeças e bolsos dos interessados. Haja pedagogia!
         Com uma filha terminando o mestrado e um filho no ensino fundamental II (eu simpatizava com a forma antiga e deposta de nominar os ciclos por séries; sou traída pelo costume e esqueço-me de usar ano. Aliás, ano também já não fez parte do passado mais distante?) continuo na escola por mim e por eles. Quem sai?
         Em desejando participar lembre que interessa apenas a história. Use apelido, pseudônimo, "nick" ou um nome que gostaria de ter. As histórias não serão transcritas, mas servirão de "mote" para o corpo da pesquisa tomar forma.
         A título de comentário partilho já ter em mãos muitas histórias interessantíssimas contadas por alguns que fazem meu mundo mais colorido. A pesquisa está posta! Aposte!

        

        







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